Tempo - (A dor para a cura) | (A dor procura) - Tempo

O tempo está presente nas nossas vidas a cada segundo que passa, a cada milésimo de segundo, em cada bafo de respiração, em cada pensamento, em cada suspiro... é omnipresente.
Esse mesmo tempo que tem dois lados, o lado mau, o lado bom, a dor e a cura.
Todo o nosso ciclo, depende do tempo... Hoje estou uma jovem mulher, tenho tempo...
Daqui a um tempo, serei uma mulher adulta, tenho tempo.... Daí a mais um tempo serei uma mulher idosa, tenho tempo... mas não, todo o tempo do mundo!
É o tempo que é decisivo para podermos avançar para o ciclo seguinte da nossa construção, é o tempo que delimita as fronteiras do nosso ser, é o tempo que cura as dores (se não curar, alivia), de qualquer forma, é sempre o tempo!
Tivemos um desgosto? Precisamos de tempo para o ultrapassar... no entanto temos que passar por essa dor, para que o tempo chegue quando tem quer chegar e para que esse mesmo tempo aconteça na nossa vida de forma real (não podemos ter um desgosto hoje e estarmos muito bem amanhã, para isso, precisamos de tempo).
Os velhinhos relembram os velhos tempos, a idade jovem pela qual já passaram e foram tantos os acontecimentos que viveram, os tempos que contaram.... podem sofrer de vez em quando, porque a saudade também dói, mas é o tempo... é o tempo que foi, não volta mais...
Estamos noutros tempos agora.
O tempo? É a dor para a cura e a dor procura o tempo, para que com o tempo, possa ficar como estava noutros tempos, para que possa ficar bem.
6 Responses

  1. Joana Says:

    Belo texto. Adorei. Simplesmente extraordinário :)


  2. Sandytah Says:

    Podes crer herinha...o tempo determina cada um dos nossos passos, o tempo é tudo!

    adoro as mudanças do teu blog!

    =)


  3. Li Says:

    Falta de vontade de estudar estatistica? Hum... que estranho... uma disciplina tão agradável e simples... deves estar doente lol.

    Lá está, o tempo é muito importante por isso não te preocupes. O tempo cura as mazelas das consequências de estudares em cima do tempo para essa bela cadeira :P Kidding :)

    Bjoca


  4. Adão Says:

    E se morrermos antes de termos tido tempo? Essa é uma ideia que me deixa angustiado no tempo... sabendo que estou a desperdiçá-lo com coisas, quiçá insignificantes, mas que necessitam do seu tempo para crescer ou morrer. Adorei o teu texto e lança âncoras pertinentes, principalmente para quem está a desperdiçar a vida, na esperança que as soluções apareçam amanhã e não hoje. Porque quando se é jovem tudo é possível… mas quando estamos quase a passar a barreira dos trinta… o tempo parece que foge, tão depressa que quase só damos por ele na data de nascimento.


  5. Adão Says:

    “Se pensarmos que com o tempo, adquirimos novas experiências, novas formas de vida, novas formas de pensar, nova sabedoria, provavelmente tudo isto começará a fazer mais sentido”. Sim tens razão Hera, mas repara, nós só conseguimos alcançar essa experiência, essa forma, esse pensamento e essa sabedoria quando alcançarmos esse patamar evolutivo decorrente da vida. O que para uns pode ser relativamente fácil, porque já viveram muito (não em anos, mas em situações), para outros isso demorará mais tempo, muitas das vezes, tempo que se esgota sem dar oportunidade de fazermos tudo.
    E não vejo o tempo como um “inimigo”… vejo-o como um adversário salutar, que embora me faça perdê-lo com “coisas insignificantes”, faz-me ganhar outras tantas coisas, que desconhecia. Ainda ontem, num café com duas amigas minhas disse: “na faculdade, teria feito tudo diferente… teria me divertido muito mais”. Mas lá está… sobre este tempo nada posso acrescentar, dado que o mesmo já foi vivido. E é disso que tenho medo, não de envelhecer como dizes, mas de não o viver como “deveríamos, ou melhor, como pensamos que deveríamos”.