Num trilho de mil rectas, de mil curvas, consigo seguir caminhos divergentes e voltar ao mesmo destino

Estou sentada, embalada por uma leve melodia, á noite, e sinto-me tão perto do estado puro, que quase que consigo sentir-me “hipnotizada”.
Apurei tantos momentos, segui tantos caminhos, vivi tantas existências diferentes, que não consigo verbalizar tais ensejos.
Num trilho de mil rectas, de mil curvas, consigo seguir caminhos divergentes e voltar ao mesmo destino…
Preciso de percorrer um caminho que percorri tão depressa ou tão devagar, um caminho que me estava tão distante ou tão próximo, que já o tinha cursado e não o avistei.
O meu corpo e a minha alma, antes desviados, precisam de se unir tão intimamente, como se necessitassem disso para (sobre) viver.
É noite, está tudo tão calmo e a melodia é tão suave… vou deixar-me levar e sentir este momento. Já apurei tantos outros, já segui tantos caminhos, já vivi tantas existências diferentes, que agora, quero mais uma, mais um momento, mais um caminho, por isso, vou deixar-me levar por este estado tão puro.
4 Responses
  1. Li Says:

    Tenho a minha própria leitura deste texto, a minha própria interpretação baseada nas minhas experiências e "existências". Mas não é possível transformá-las em palavras, não consigo transportá-las para o exterior...

    "O meu corpo e a minha alma, antes desviados, precisam de se unir tão intimamente, como se necessitassem disso para (sobre) viver". Parece que me estou a ler... Apesar de não saber ou perceber o que realmente estás a exprimir, sinto-o.

    Bom texto.


  2. Sandytah Says:

    concordo com a Li, excelente texto herinha...

    "Já apurei tantos outros, já segui tantos caminhos, já vivi tantas existências diferentes, que agora, quero mais uma, mais um momento, mais um caminho, por isso, vou deixar-me levar por este estado tão puro."
    adoro esta parte, porque é como me sinto, ja vivi muitas experiencias, ja caminhei por diversos caminhos, mas nao quero parar por aqui, quero mais caminhos, mais momentos...e por isso vamos entao aproveitar ;)

    **


  3. Adão Says:

    Todos temos esses momentos. Essas separações de corpo e alma, de interrogações sem fim, que vivem de caminhos de tijolos amarelos, que nos mostram que já não estamos no Kansas. Aliás, servem esses patamares, essas paragens congeladas no tempo e espaço, para nos fazer ver o quanto somos humanos, o quando podemos errar, e escolher tantos e tantos caminhos e voltar sempre ao ponto de partida. Como se fosse um labirinto enorme, cuja solução nunca aparece e de onde tentamos fugir, contra um Minotauro possante e impiedoso. Não interessa a velocidade com que se correr, mas sim a velocidade da colisão do teu corpo e alma, que “precisam de se unir tão intimamente, como se necessitassem disso para (sobre) viver.”


    Devo dizer que isto está genial:

    “Num trilho de mil rectas, de mil curvas, consigo seguir caminhos divergentes e voltar ao mesmo destino”


  4. Sandytah Says:

    respondi ao teu comentario no meu blog

    beijinhos